Saturday, 30 May 2009

Vizinha de Deus...

Cerveja no. 15: Balmy Mild
Cropton Brewery, Cropton, Pickering, North Yorkshire, Inglaterra.

Estávamos nós sentados à sala desse senhor inglês, padrasto de nossa amiga. À medida que tomávamos um típico chá da tarde - o meu, forte; o dele, normal - ele me contava de suas origens. Nascido no condado de York (Yorkshire), dizia que aquele lugar é a morada de Deus. Apesar de eu achar que Deus é Gaúcho de Rio Pardo, ainda assim descrevo essa senhora como vizinha de Deus:


Ao provar uma cerveja Mild (leve, ou amena) na loja do Steve, me espantei como alguém poderia dar um nome desses a esse tipo de bebida. Aí ele me explicou que ela é "leve se comparada à Stout ou Porter". Ahhhh, aí sim entendi.

A melhor palavra que descreve essa fulana aí de cima é arrogância. Ela é o que é. Podem não gostar dela, mas sua personalidade forte, seu caráter áspero e seco me dizem que ela não se importa muito com aquilo que pensem dela. Podem chamá-la de metida, mas esse é somente um adjetivo usado por seres menores para tentar depreciar entidades superiores.

Definitivamente não é para qualquer um. Mas tem gosto de Inglaterra. Especialmente daquela parte da Inglaterra, dizem, onde Deus mora.


Thursday, 28 May 2009

Mais fotos de pubs

Esse final de semana estivemos no West End de Londres. Para quem não sabe, o "fim do oeste" fica antes do centro. É onde estão os teatros, várias casas noturnas, e turista a perder de vista. No entanto, ainda dá para achar alguns lugares mais escondidinhos e relativamente tranquilos, como Carnaby Street e algumas ruas do Soho.

Foi um passeio bem agradável e dedico esse post à publicacão de fotos de pubs do West End. Pelo menos alguns por que passamos.

Esse aqui fica ao lado do teatro da peça Grease (nos tempos da brilhantina).

Nesse outro eu achei interessante o detalhe na fachada:
Esse aqui já fica numa rua do Soho que é permeada daqueles rapazes que não gostam de coisas de rapazes:
Dá até pra ver a carequinha de uns deles. Fachada vitoriana.

Ainda na mesma rua... Aqui entrei pra tomar umazinha:

Outro bem legal. Estilo clássico-brega, cheio de florzinhas. Nada contra as florzinhas. São bem legais. Só acho interessante o fato de eles pegarem um prédio antigo e colocarem uma placa de vidro azul.Esse aqui não é pub, mas um café que encontramos no Soho. Achei muito legal ter encontrado esse lugar. Nesse mundo globalizado, só temos redes de lojas, como Starbucks, Costa etc. É difícil achar pequenos comércios, seja de café, de roupas, de cerveja. Eu gosto de coisas com essência. E é isso que me faz gostar de cervejas com produção em pequena escala.
Abaixo uma foto da fofucha em seu ambiente preferido: shopping !!!! Esse fica num bequinho escondido na Carnaby Street.
E após um dia maravilhoso, a tradicional multinha no parabrisa:

Deus nos dá e Deus nos tira. Dessa vez 120 pila. Mas se pagar com antecedência, baixa pra 60!!! Uma pechincha !!!

E só pra não perder o costume...
Cerveja no. 14: Harviestoun Bitter & Twisted

Harviestoun Brewery - Alva, Clackmannanshire, Escócia

É uma emoção para mim descobrir só agora que esse é um produto da Escócia. Comprei essa cerveja no mercado mais por falta de opção, e empunhei o cálice sagrado com certo desleixo. Talvez por não ser aficcionado por cervejas Blonde, realmente não me entusiasmei muito com seu sabor. É comparável com uma Baden Baden Cristal (a emoção, não o sabor), e é só umas 4 vezes e meia melhor que uma Skol.

Sunday, 24 May 2009

Durante nossa ida a Chiswick...

Cerveja no. 13: Meantime Pale Ale
Meantime Brewing, Greenwich (centro do mundo) - Londres

Essa é em homenagem a meu amigo Meletti, que durante nossa conversa de hoje me mandou sair pra tomar uma Pale Ale.

Nada como o verão chegando. Da mesma forma que carioca gosta do frio, europeu ama o sol. É só o astro reluzente aumentar a potência de seus raios fúlgidos sobre as terras do norte, que a plebe se derrama nos gramados dos inúmeros parques existentes na Europa.

No meu caso, tento trazer um pouco de raciocínio tupiniquim para essas bandas. Tipo: sol = praia + cerveja. Como aqui não tem praia, fico com 50% de média. Nada mal para quem tem CR 4.9.

E ainda ganho um bônus do professor ao adentrar estabelecimento permeado de luminosidade:

... que é esse simpático pub de Chiswick:

... que serve uma cerveja singular, visto que (ainda) não a encontrei em outros estabelecimentos: Meantime Pale Ale.


Refrescante, vívida, graciosa, gentil, primaveiresca. Despojada da robustez da Ale e incondescendente com a falta de personalidade da Lager, a Pale Ale é a cerveja da meia estação. Essa, que é fabricada em Greenwich, traz em seu corpo a graciosidade do melhor lúpulo ceifado dos campos do sul.

Adicionar vídeoE pra sessão "arquitetura de pubs", mais uma fachada de templo. Esse também em Chiswick.

Acima, mais uma figura de Chiswick.

Sabão de banho...

Cerveja no. 12 - Bath Gem Amber Ale
Bath Ales - Bath - Inglaterra.

Comprei essa cerveja no mercado, e após degustá-la aproveitei a oportunidade para conhecer suas origens. Dessa maneira, vou me movendo pela Europa de uma maneira beer oriented.

A cerveja é o tipo de Ale sabão. Talvez o que lhe falte em requinte lhe sobra em tradição. É a típica Ale inglesa. Pode ser maldade minha dizer que as ales inglesas tenham gosto de sabão, mas a cerveja ordinária de Pub é mais ou menos como essa. As outras aqui apresentadas têm uma fonte mais rica: Real Ale em Twickenham.

Será que existe alguma semelhança entre os bichos acima e o coelho da garrafa?
Acima, a abadia de Bath.A arquitetura inglesa é estarrecedora.Os parques agradabilíssimos:Esse, em especial, é um pouco "salgado":tem que se pagar 1 pila pra entrar.

Bath ainda tem um time de rugbi:
Cujas cores não são as mais agradáveis... mas vale a lembrança.

Ao final do dia, tomamos um hot chocolate...
... com tradicionais cupcakes ingleses:




Friday, 22 May 2009

Pacífico sul

Ahhh... os mares do sul. Sempre ouvi essa expressão torneada por certo romantismo nos desenhos animados de minha infância.

O que vem a ser uma Ale do Pacífico Sul???

Cerveja no. 11: Kipling
Thornbridge Brewery, Ashford in the Water, Bakewell, Derbyshire, Inglaterra (perto de Sheffield).

Ao ver que essa cerveja era feita aqui, talvez esse romantismo tenha ido por água abaixo. Mas mais importante que a historinha por trás de um símbolo, que nutre nossa imaginação e nos prepara para a aceitação de um produto, está o produto em si. Nesse caso, a essência da ale.

Essa cerveja talvez venha a significar uma virada de mesa na minha percepção do mundo da cevada. Tomei-a imediatamente após a Hefeweizen alemã. Talvez seja uma comparação injusta, visto que aquela é uma cerveja de maior produção e esta uma mais local, Talvez seja injusto também pelo fato de eu estar morando aqui, e não na Alemanha, e ter a oportunidade de degustar o produto inglês. Mas hei de morar na Alemanha um dia, e mudar minha opinião novamente. No entanto, nesse exato momento, cheguei a uma conclusão estarrecedora:

AS ALES SÃO AS MELHORES CERVEJAS DO MUNDO !!!!

Essa tem o mesmo gosto rústico e selvagem de toda ale, totalmente aromatizada no final por um buquet que, dizem, vem do Pacífico Sul.

"Kipling é uma ale do Pacífico Sul que usa o deslumbrante lúpulo Nelson Savin que tem a habilidade única de transmitir grande paixão e aroma de kiwi. O gosto é sabores de lúpulo frutado com uma maravilhosa leveza e um final amargo".

Como se pode ver, o cervejeiro está dizendo que o final é amargo e eu creio que o final é frutado. O que é mais importante? A opnião técnica dele ou a minha percepção?

"O que faz um cervejeiro sair da cama de manhã é a chance de criar algo novo e compartilhar com o mundo".

Eu diria que a principal missão de um cervejeiro é engarrafar alegria.


Acima, a versão final do bolo de cenoura.

E já que é para homenagear a Inglaterra, eis a foto de um Lorde inglês:

Mulher difícil

Sabe aquel tipo de mulher que se você acha simplesmente "pegável", mas que sempre tem um monte de homem interessado.

Bom, a cerveja que vou apresentar agora é mais ou menos isso.

Cerveja no. 10 Rothaus Zäpfle Hefe Weizen
Rothaus - Alemanha (mais ou menos entre Freiburg e Zürich)


Uma dos tipos tradicionais de cerveja alemã é a feita com trigo. Já citei aqui essas bebidas que retêm as impurezas do processo de fermentação. É o caso da Hefeweizen. Acho a informação técnica importante.... para técnicos.

Como sou um apreciador, o que mais interessa é o que sinto ao degustar uma cerveja.
Para mim há um processo de concentração que antecipa a abertura de uma cerveja alemã. Já há uma certa magia no ar antes mesmo de empunhar o abridor para alavancar a tampinha.

O melhor lugar para beber essas cervejas de trigo é num Biergarten em um dia de sol. Talvez por isso são mais populares no sul da Alemanha. Mas dias de sol são raros e moro em Londres, e uma noite de sexta é tudo que tenho.

E essa moça se fez de difícil em minha presença. Aí talvez esteja seu segredo. É uma cerveja de trigo, e as cervejas de trigo geralmente são agradáveis. Essa tem um quê de esnobe no final. Não é muito gentil. Espera muito de você e não dá muito em troca. Mas mesmo assim você se interessa por ela. É difícil de explicar.

Acima, um bolo de cenoura gentilmente produzido por minha senhora para essa confortável noite de sexta.

Abaixo, foto que tirei em Düsseldorf de pacatos cidadãos locais:

Wednesday, 20 May 2009

Cerveja de fumante???

Essa é a primeira cerveja alemã sobre a qual escrevo. Vou contar mais histórias sobre cervejas alemãs. A história dessa aqui é a seguinte: Quando vi que estava escrito no rótulo Rauchbier, meu conhecimento raso de alemão traduziu para "cerveja de fumante". Mas aí a cerveja já estava escolhida. Às vezes acabo escolhendo bebidas pelo rótulo. As com o rótulo ou garrafa mais bonita geralmente são as mais gostosas. A lógica é a seguinte: o dono fez uma cerveja tão boa que ganhou bastante dinheiro e contratou um designer decente. É só prestar atenção nas garrafas dos vinhos franceses. Invariavelmente são as mais bonitas.

Quando desci esse líquido turvo e enegrecido por minha garganta entendi o significado do rauch do rótulo. O verbo rauchen signifiva fumar, mas rauchbier é uma cerveja defumada.

Cerveja no. 9 Bamberg's Rauchbier
Brauerei Heller - Schlenkerla - Bamberg, Alemanha
Essa cerveja não poderia deixar de ser soberba, mas tal peculiar característica (ser defumada) a torna perfeita para quem está buscando novas aventuras, fuga da rotina, desprendimento de preconceitos. Também pude apurar um leve gosto de pecado ou malvadeza em seu malte.

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Acabo de ver na wikipedia que a Eisenbahn faz uma rauchbier no Brasil com o malte importado dessa cerveja. Viva a melhor cerveja brasileira!!!!

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Só pra não perder o costume, duas fotos das belezocas na Alemanha:

Esse é o centro histórico de Bremen, e essa é a estátua de Rolando. Como nunca fui a Bamberg, escolhi essas imagens de forma aleatória. Talvez Bamberg seja meu próximo destino...
...assim que retornar de Lübeck.

Sunday, 17 May 2009

Direto ao ponto

O Steve me recomendou a cerveja de hoje. A primeira coisa que faço ao olhar uma cerveja é a aparência do rótulo. A segunda, de onde vem. Essa é de Nova Iorque. Confesso que torci a cara quando descobri a origem, mas uma das coisas que você aprende em Londres é deixar de ser preconceituoso.

A beleza da vida reside nas coisas simples. Mas ser simples é difícil. Estamos sempre entulhando nossas vidas com os problemas mais escabrosos e não percebemos como é simples resolvê-los.

No plano artístico, sempre ouvi de "excelentes" músicos como a música do Legião Urbuna era simples: músicas de 3 notas. Mas essa música foi o símbolo de minha geração. E hoje aqui em Londres percebo como a simplicidade da música dos Beatles atingiu e atinge todas as camadas de uma complexa sociedade.

Cerveja no. 8: Brooklin Brown Ale
Brooklin, New York.
Essa ale é como uma música do Legião: simples e "bonita". A falta da complexidade do sabor parece remeter à cultura do imediatismo americano. Mas se por um lado na América tudo é planejado para três meses, por outro lado o planejamento a curto prazo pode vir a produzir artefatos sucintos como essa cerveja.
Ela se propõe a pouco e é 100% naquilo que se propõe. Saborosa, dura porém terna.

O sabor tendendo ao achocolatado me fez tirar uma delícia belga do armário para acompanhá-la:
Abaixo, mais uma foto de pub. Dessa vez em Richmond, ao lado do rio Tâmisa...
...um dos meus lugares prediletos em Londres.

Saturday, 16 May 2009

Capim Limão

A arquitetura vitoriana de Londres é algo fantástico.

Entre casinhas bonitinhas, ruazinhas charmosas, destaca-se o estilo clássico-brega da faixada dos templos sagrados da refestelação inglesa: os pubs.
Digo clássico-brega porque são construções vitorianas lindas frequentemente adornadas por neons e letreiros diversos. Vou publicar aqui no blog algumas faixadas interessantes de pubs, mas por hoje coloco esses dois por que passei em Twickenham. Eu diria que são tão normais quanto a cerveja que apresentarei hoje.
Mas há coisa melhor por vir, em matéria de pubs e cervejas. Hoje retornei a meu site arqueológico...

... para mineirar novo material de pesquisa:

Cerveja no. 7 : Taiphoon Lemongrass

Fabricada em Downton, Salisbury, Inglaterra.

A cada dia que passa coletamos informações. Com o passar do tempo, essas informações, de maneira estruturada, vêm a formar nosso conhecimento. Poucos, no entanto, conseguem transformar conhecimento em sabedoria. Não sou um sábio, mas acredito que posso atingir a sabedoria em cada área do conhecimento ao refinar meus sentimentos. Assim, meu gosto por rock pesado se transformou em gosto por blues, jazz e finalmente música clássica. Do showzinho de rock para o musical no west end para apresentação de ballet...

Da mesma maneira, tento refinar meu gosto por comidas e bebidas. Cheguei à conclusão que a melhor comida é aquela preparada em casa. Conclusão semelhante cheguei em relação à cerveja: a melhor é a "caseira".

Na busca pelo sabor elaborado de uma boa cerveja, tornei-me uma pessoa exigente. Ao tomar essa de capim-limão, confesso que fiquei decepcionado. É "apenas" uma boa menina com um gosto de capim-limão. Mas ainda assim, uma boa cerveja. Talvez para quem está acostumado à Brahma essa possa ser uma boa pedida. Um passo em direção à sabedoria.

E ainda gosto de Paralamas, Titãs e Stones.

Friday, 15 May 2009

Veludo de ouro

Complacente, agasalhadora, aveludada, gente boa, lúcida, simpática e simplesmente perfeita.

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Cheguei do Pub nessa chuvosa sexta-feira para com encontro marcado com as senhoras que me aguardavam nas gélidas prateleiras de meu eletrodoméstico preferido.

Tomei a cerveja de capim-limão decidido a escrever imediatamente. Me senti um pouco decepcionado e me perguntei se a Guinnes que tomei no pub havia afetado meu julgamento. Cabisbaixo, cozinhei, tomei uma Stella durante o jantar e como "sobremesa" me direcionei a essa Ale fortemente recomendada pelo Steve.

Não imaginava que me depararia com tamanha sutileza de sabor. Produzida na Sharp's Brewery, Rock, Cornwall, Inglaterra, essa Ale de produção limitada conquistou minha alma. Imagino que existem pequenas cervejarias que fazem a melhor cerveja. Imagino ainda que nesses lugares de quando em quando surge uma safra especial de cevada, lúpulo, etc. Aí penso que o dono toma a decisão de fazer uma cerveja especial. Pois bem, essa é uma das cervejas que agora tento descrever.

O sabor aveludado e convidativo inibe qualquer sentimento hostil e terreno. O balanço entre sabor, força e gentileza faz dessa cerveja uma das maravilhas do mundo.

E é definitivamente o tipo de cerveja que eu não ia beber morando no Rio.

Cerveja no. 6 - Sharps's Single Brew Reserve

Só de olhar para esse copo sinto um orgulho enorme de ter estado em Sua presença. A alma caridosa que talhou tamanha obra-prima merece o Nobel da química.

Para quem não entende inglês, traduzo o pergaminho acima: O sr. Stweart, mestre cervejeiro da Sharp produziu essa cerveja em dezembro de 2008 especialmente para ser degustada na residência do Sr. Flores.

Acima, o jantar de hoje.

Thursday, 14 May 2009

Porteira do inferno

É incrível como poucos minutos conversando com uma pessoa entendida me adicionaram tantos conhecimentos cervejísticos. Daqui a duas semanas se eu for visitar o Steve ele nem vai se lembrar de mim, mas eu lembro muito bem de seus ensinamentos e aqui os estou a traduzir. Num dos posts anteriores apareço numa foto com um copinho na mão. Trata-se de uma "amostra" que o Steve me deu de uma cerveja do tipo "Mild". Vou escrever ainda sobre esse tipo de cerveja, mas só o fato de não saber de sua existência aguçou minha curiosidade.

Papo vai, papo vem, Steve me perguntou o que eu achava de "Porter". Porter? Que cerveja é essa? Não é cerveja, explica o vendedor. É um tipo de cerveja inglesa.

Aí sim vi que era mesmo ignorante. Mas ignorante mesmo é aquele que não pergunta. E pedi que explicasse a Porter.

Ele perguntou se eu conhecia a Guinnes. Sim, lógico. É uma Stout, replicou ele. E eu todo orgulhoso retruquei que isso eu sabia, of course.

Pois é, a Porter é algo mais forte que Stout.

UAU!!!!!! Existe algo mais forte que a Stout? Quero essa. E acabei relegando a Mild a segundo plano.

Cerveja no. 5: Pinnacle Porter.
Fabricada na Naylor's Brewery, Keighley, perto de Leeds. Ao pesquisar o nome dessa cervejaria, confesso que fiquei emocionado. É no norte da Inglaterra, e pelo seu website dá pra perceber que é uma micro-cervejaria. Eu já havia ouvido falar muito bem das ales do norte (ale é um termo que também serve para todas as cervejas), e almejava experimentá-las.

Minha opinião é que as as melhores cervejas são aquelas feitas "no porão", ou em pequena escala. Geralmente o dono é um apaixonado por cerveja e fabrica apenas por prazer (ou para fermentar seu ego).

A Pinnacle é simplesmente estonteante. Um sabor de café torrado (que já me fora anunciado pelo Steve) aliado a um aroma extremamente rico que faz seu coração disparar, seus olhos avermelharem, e finalmente seu espírito subir até o pico da perfeição para finalmente se estilhaçar nas profundezas. É a PORTA PARA O INFERNO !!!


Nota: eu procurei informações na wikipedia sobre cervejas do tipo porter e lá está dizendo que a stout é mais forte que a porter. Citei em meu primeiro post que não tenho compromisso com a verdade, e sim com o que sinto. E minha conclusão é que pelo menos essa porter é mais forte que a Guinnes.

De brinde, mais uma foto do bonitão se maravilhando nas vizinhanças inglesas - essa ainda em Twickenham.