Thursday 18 June 2009

Do jeito que o diabo gosta

Quando as primeiras pedras da igreja de Santa Maria foram assentadas o diabo acreditou que essa construção fosse ser um bar. Ele gostou da idéia, porque frequentemente muitas almas já tinham chegado a ele depois de visitar tais lugares. Então ele se misturou com a multidão e começou a ajudar os trabalhadores. Por isso a construção cresceu cada vez mais e mais, incrivelmente rápido.


Mas um dia o diabo se deu conta do que a construção realmente seria. Cheio de raiva ele pegou uma imensa rocha para destruir as paredes que já estavam erguidas. Ele já estava voando perto quando um camarada gritou pra ele: "Pare Sr. Diabo! Deixe o que já foi construído, que nós construiremos um bar aqui na vizinhança para o Sr.". O diabo ficou muito satisfeito com a idéia. Ele largou a rocha ao lado da parede, onde está até hoje. Ainda dá pra ver as marcas de suas garras na pedra.
E logo em frente à Igreja os trabalhadores construíram a adega de vinho da prefeitura.

Escultura de Ro f Flores, escultor de Lübeck 1999.

Essa é a adega da prefeitura:
E esse é Romeu F Flores, sentado a uma mesa da adega, tomando uma cervejota, num dia ensolarado, do jeito que o diabo gosta.

Aqui uma obra de arte de minha senhora, que incentiva o blogueiro que há em mim (mas não o bêbado):

Cerveja nr. 21: Franziskaner Hefe Dunkel
Franziskaner Brewery - Münich - Alemanha

Ao degustar essa cerveja, meu paladar já havia sido aguçado por outra que será objeto de eu próximo post. Cervejas mais fortes devem ser degustadas após cervejas mais fracas, e é isso que normalmente faço.

A foto, por mais perfeita que seja, jamais traduzirá o prazer de estar sentado em um Biergarten alemão, olhando para essa magnífica arquitetura gótica de tijolos pretos. Essa praça central é fantástica. Olho a minha volta e só vejo beleza.

Olho para cima e observo líquido grafite adentrando meu ser. Essa é mais uma cerveja com impurezas - Hefe Weissbier (o garçon pronunciou rife), porém escura.

Abaixo a Carinete na parte de dentro do restaurante, que fica no subsolo ou porão, que é Keller em alemão, cellar em inglês - anteriormente traduzi wine cellar como adega de vinho, mas seria um porão de vinho.
Assim, concluo que Carina está sentada no lugar preferido do nefastoso.

Depois de tanta alegria, voltei para agradecer a meu amiguinho:

Afinal de contas, se não fosse ele, não existiria tal lugar.

Ele então me levou para conhecer o interior da igreja, onde vi um sino partido no chão:
Esse sino aí está em função de um bombardeio de meus compatriotas britânicos na segunda guerra. Quando a Alemanha foi recontruída, algumas coisas derrubadas foram deixadas no lugar, para lembrar as coisas feias que os nazistas fizeram, e para que ninguém faça de novo.


É uma história triste, mas triste para os dois lados.



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